A Comissão de Ética Pública abriu um processo para apurar ações do secretário de Produtividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, após ele ter sido acusado de fazer “pedidos não republicanos” pelo ex-presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, informa o site Metrópoles.

A ABDI é ligada à pasta de Paulo Guedes. O processo foi aberto pela comissão em 9 de agosto e ainda está na fase de instrução; corre sob sigilo e não tem previsão para ser votado.

O caso remonta a 2019, quando o então presidente da ABDI, Guto Ferreira, acusou Costa de solicitar à agência que arcasse com o pagamento de um escritório na avenida Paulista, apesar de ela ocupar gratuitamente uma sala da Fiesp.

O secretário, segundo Ferreira, teria também pedido que, numa viagem que faria para um evento na Austrália, a ABDI incluísse uma parada em Dubai, mesmo sem agenda na cidade.

Na época das acusações, Jair Bolsonaro se manifestou dizendo “um dos dois, no mínimo, vai perder a cabeça”. Quem perdeu foi Ferreira, exonerado logo depois. Na ocasião, Costa negou as acusações, e a AGU prometeu notificar judicialmente o ex-presidente da ABDI.