CPI da Covid: 100 dias para nada
A CPI da Covid completou 100 dias hoje, mas o saldo é negativo. Como previsto, a investigação parlamentar foi contaminada por interesses eleitorais de seus integrantes, que aproveitam a atenção da imprensa para turbinar suas campanhas em 2022. Sem coesão, com uma apuração que se espalhou em sete frentes, os senadores se perdem em intermináveis depoimentos de gente sem importância, deixando livres, leves e soltos os protagonistas da tragédia humanitária que já ceifou a vida de quase 560 mil brasileiros...
A CPI da Covid completou 100 dias hoje, mas o saldo é negativo. Como previsto, a investigação parlamentar foi contaminada por interesses eleitorais de seus integrantes, que aproveitam a atenção da imprensa para turbinar suas campanhas em 2022.
Sem coesão, com uma apuração que se espalhou em sete frentes, os senadores se perdem em intermináveis depoimentos de gente sem importância, deixando livres, leves e soltos os protagonistas da tragédia humanitária que já ceifou a vida de quase 560 mil brasileiros.
Pedem quebras de sigilos de alvos aleatórios, levantando dúvidas sobre como serão usados esses dados. Discursam, dão entrevistas e lacram nas redes sociais.
Ironicamente, no momento em que o Judiciário desperta para a ameaça de Jair Bolsonaro à democracia, fechando o cerco em três frentes de investigação, a CPI perde força técnica e política. Sem saber, seus integrantes sabotam as próprias ambições políticas, pois o eleitorado está atento ao circo montado no Senado.
Depois de um ano e meio de pandemia, com o desemprego batendo recordes, a inflação deteriorando o poder de compra e o trauma psicológico pela morte de entes queridos e amigos, o brasileiro está esgotado e clama por justiça.
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