Santos Cruz: Judiciário precisa acionar quem coloca eleição em risco
Em nova crítica a Jair Bolsonaro, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz disse que o presidente "não tem autoridade" para dizer que não haverá eleição e defendeu que Judiciário e MP acionem quem "ameaça o funcionamento do sistema"...
Em nova crítica a Jair Bolsonaro, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz disse que o presidente “não tem autoridade” para dizer que não haverá eleição e defendeu que Judiciário e MP acionem quem “ameaça o funcionamento do sistema”.
“O presidente e seus familiares já foram eleitos de 15 a 20 vezes por este sistema [a urna eletrônica]. O presidente, se não me engano, sete vezes”, afirmou o ex-chefe da Secretaria de Governo de Bolsonaro em entrevista a Miriam Leitão.
“Vi muita gente falando em contagem popular. Como seria isso na prática? Vai fazer todo aquele velho sistema antigo, com representantes de 30 partidos políticos e cada sessão fazendo contagem? Qual é a sugestão que se tem de aperfeiçoamento do sistema? Até onde o sistema precisa de aperfeiçoamento? O restante é politicagem, que está aproveitando um contexto geral de fanatismo”, acrescentou Santos Cruz.
O general prosseguiu: “Dizer que não vai haver eleição, o presidente não tem autoridade para isso. Ninguém tem. Isto é constitucional. A eleição periódica é fundamento democrático”.
E mais: “O Judiciário, o MP, o próprio Legislativo precisam atuar dentro da lei e dos seus limites e acionar aqueles que colocam o sistema em risco. Que afirma quem têm provas de fraudes e não têm. Aí criam tumulto social, criam conflito, porque se sentem melhor neste ambiente de tumulto e conflito”.
Santos Cruz declarou também que o atual sistema eleitoral é auditável e voltou a afirmar que o Ministério da Defesa —chefiado por outro general, Braga Netto— não tem que dar opinião sobre sistema eleitoral.
“O Ministério da Defesa trata da política de defesa, da distribuição das Forças Armadas, plano de desenvolvimento das Forças Armadas, de aperfeiçoamento, de modernização. Isso são políticas de defesa. E não assunto eleitoral. O assunto é estapafúrdio. O Ministério da Defesa tratar disso é algo que não tem sentido.”
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