“Meteoro” dos precatórios faz Ibovespa afundar 3%
O Ibovespa fechou nesta sexta-feira com queda de 3,08% a 121,8 mil pontos, após a notícia de que o governo terá pagar R$ 89 bilhões em precatórios em 2022. O nervosismo do mercado se explica: trata-se de uma cifra recorde para pagamento de dívidas judiciais que deve consumir boa parte das despesas não obrigatórias...
O Ibovespa fechou nesta sexta-feira com queda de 3,08% a 121,8 mil pontos, após a notícia de que o governo terá pagar R$ 89 bilhões em precatórios em 2022. O nervosismo do mercado se explica: trata-se de uma cifra recorde para pagamento de dívidas judiciais que deve consumir boa parte das despesas não obrigatórias.
Para se ter uma ideia da dimensão do problema, o montante corresponde a quase 75% dos recursos para investimento neste ano. “Um meteoro” nas contas públicas, segundo Paulo Guedes. E um rombo na estratégia de reeleição de Jair Bolsonaro, que sonha em lançar um novo Bolsa Família turbinado.
“Pode ter certeza de que nós não furaríamos o teto –não é por causa do Bolsa Família. Tudo está sendo programado. Agora, às vezes vêm coisas dos outros Poderes que nos atingem e aí nós temos que fazer um plano de combate imediato. Já tem uma fumaça no ar“, disse o ministro mais cedo.
“Nós estamos mapeando um meteoro que pode atingir a Terra. Temos que disparar um míssil para impedir que o meteoro atinja a Terra.”
No Palácio do Planalto, a cobrança dos precatórios é interpretada como um ataque do Judiciário ao Executivo. Ministros do Supremo alegam que o governo falhou, especialmente a AGU (Advocacia Geral da União), que teria deixado ações judiciais transitarem em julgado.
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, foi às redes tentar minimizar o problema. “Não há justificativa para o nervosismo do mercado hoje. Os precatórios de estados e municípios já foram prorrogados para não inviabilizar as finanças dos entes federativos, escreveu.
Bezerra garantiu que o teto de gastos será preservado. “É evidente que o Congresso vai propor o parcelamento dessas obrigações para preservar o teto do gasto e não comprometer as políticas públicas de proteção social e investimentos!”
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