Ruy Goiaba: Vai, bola! Baila!
Em sua coluna para a Crusoé que foi ao ar nesta sexta-feira (23), Ruy Goiaba se queixa de uma praga que retorna com tudo a cada Olimpíada: o jornalismo esportivo em forma de crônica com imagens “poéticas”, cheio de histórias de superação em slow-motion...
Em sua coluna para a Crusoé que foi ao ar nesta sexta-feira (23), Ruy Goiaba se queixa de uma praga que retorna com tudo a cada Olimpíada: o jornalismo esportivo em forma de crônica com imagens “poéticas”, cheio de histórias de superação em slow-motion.
“Não basta que os atletas sejam profissionais notoriamente bons, às vezes até excepcionais, naquilo que fazem: a TV quer a narrativa épica, quer Carruagens de Fogo em slow-motion, quer ‘jornalismo de emoção’. Se o telespectador gosta de novelinha, vamos alimentá-lo com novelinha. Se ele cansar da novela e quiser dar umas risadas, alternamos para o jornalismo engraçadinho — o resultado é algo entre Janete Clair de terceira categoria e stand-up comedy de quinta.
E, neste 2021, ainda calhou de a Olimpíada ser no Japão, o que nos dará a oportunidade de preencher uma cartela de bingo com TODOS os clichês do jornalismo brasileiro na cobertura do ‘país do Sol nascente’: vamos ter uma profusão de apresentadores de quimono, repórteres dizendo ‘arigatô’, velhinhos japoneses se exercitando em algum parque, belas paisagens com cerejeiras em flor e um texto em off explicando como os japoneses ‘conseguem conciliar tradição e modernidade’ (mostra imagem de monge num templo, corta, agora põe pedestres apressados nas ruas de Tóquio).”
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