Urgente: Miranda pede a Aziz que decrete prisão de Dominguetti ao fim da sessão de hoje
O deputado Luis Miranda (DEM) pediu ao senador Omar Aziz (PSD), presidente da CPI da Covid, que, ao fim da sessão em andamento, dê voz de prisão a Luiz Paulo Dominguetti Pereira, um policial militar em Minas Gerais que também seria representante comercial da vendedora de vacinas Davati Medical Supply. Aziz já teria dito a interlocutores, nos bastidores, que não vai decretar a prisão de ninguém. Mais cedo, na sessão da CPI, Dominguetti divulgou um áudio de Miranda a partir do qual acusou o parlamentar de se oferecer para intermediar compra de vacinas no Ministério da Saúde...
O deputado Luis Miranda (DEM) pediu ao senador Omar Aziz (PSD), presidente da CPI da Covid, que, ao fim da sessão em andamento, dê voz de prisão a Luiz Paulo Dominguetti Pereira, um policial militar em Minas Gerais que também seria representante comercial da vendedora de vacinas Davati Medical Supply.
Mais cedo, na sessão da CPI, Dominguetti divulgou um áudio de Miranda a partir do qual acusou o parlamentar de se oferecer para intermediar compra de vacinas no Ministério da Saúde. Miranda não fala em vacinas no trecho da gravação exibido aos senadores.
O deputado conversou com O Antagonista rapidamente, por telefone, no momento em que estava em um cartório de Brasília registrando uma ata notarial das conversas que resultaram no áudio divulgado por Dominguetti na CPI e que, segundo Miranda, está editado. O contexto, ainda de acordo com o deputado, nada tinha a ver com vacinas.
“Estou terminando de fazer as atas aqui. Com isso, vou comprovar que ele mentiu, tentou desconstruir testemunhas com mentiras”, disse Miranda, defendendo “a prisão daquele meliante que foi plantado ali pela base governista”.
Perguntamos se Miranda dava realmente 100% de garantia de que, no áudio, ele não tratava de vacinas.
“Você é louco? Aquilo ali tem a ver com uma transação comercial nos Estados Unidos de luvas descartáveis para o mercado americano. Onde eu entro? É porque na minha empresa — eu não toco o negócio, mas sou sócio –, nos Estados Unidos, eu tenho funcionários que cuidam disso lá. E, no mercado americano, não estavam encontrando [luvas descartáveis].”
Miranda explicou assim a “prova de vida” que ele cobra no áudio:
“O que é a prova de vida? É o cara filmar o galpão com o nome da nossa empresa colada nas caixas dizendo: ‘Aqui o produto ó, está reservado para vocês’. É abrir aleatoriamente várias caixas para mostrar o produto mesmo. Isso chama prova de vida. E isso aconteceu em setembro, outubro de 2020, não existia nem vacina (risos).”
O deputado afirmou ainda que “os caras só fazem me levantar”.
“Estão fazendo comigo o que a oposição fez com o Bolsonaro em 2017 e em 2018: eles estão tão desesperados para me desconstruir, que estão me levantando, porque eu não menti até agora e eu não vou mentir.”
Voltamos a perguntar a Miranda se ele tem uma gravação do dia em que, ao lado do irmão Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, levou ao conhecimento de Jair Bolsonaro as denúncias envolvendo possíveis irregularidades no caso da Covaxin.
A resposta:
“A verdade tem que ser escancarada e ela vai ser escancarada. Muitos ataques… Se eles parassem de me atacar e começassem a focar nos crimes que acontecem dentro do Ministério da Saúde, a vida deles estaria melhor.”
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