Como registramos há pouco, desde ontem à noite, senadores da CPI da Covid estavam sendo alertados de uma possível ligação entre Luiz Paulo Dominguetti Pereira e o bolsonarismo.

Em março de 2019, Dominguetti, em seu Facebook, reproduziu uma postagem em que Jair Bolsonaro atacava a jornalista Constança Rezende, à época repórter do Estadão.

Dominguetti, um policial militar em Minas Gerais que também é representante comercial da vendedora de vacinas Davati Medical Supply, foi parar na CPI da Covid — ele está depondo hoje, após mudança no cronograma de última hora — após ter dado uma entrevista à Folha de S. Paulo relatando suposta oferta de propina de um dólar por dose para fechar contrato da compra de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca.

A entrevista foi dada para Constança, atualmente repórter da Folha.

Há pouco, aos senadores da CPI, Dominguetti apresentou um áudio a partir do qual acusou o deputado federal Luis Miranda (DEM), denunciante no caso da Covaxin, de se oferecer como alguém que poderia intermediar contratos de vacinas no Ministério da Saúde. No áudio, Miranda não fala em vacinas. O deputado nega e disse que vai mandar “prender esse cara”.

Na rede social de Dominguetti, há uma série de outras manifestações favoráveis a Jair Bolsonaro e seu governo.