O deputado estadual do Amazonas Fausto Junior (MDB) prestou depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira (29). Ele foi o relator da CPI da Saúde na Assembleia Legislativa do estado, que investigou os crimes cometidos durante a pandemia.

Fausto elencou os indícios de corrupção da gestão de Wilson Lima e foi questionado pelos senadores sobre o motivo de não ter defendido o indiciamento do governador em seu parecer final.

Saiba tudo o que disse Fausto Junior na CPI:

Indícios de corrupção

• Fausto Junior afirmou que foram identificados pagamentos da ordem de R$ 407 milhões com indícios de corrupção durante a gestão Wilson Lima.
• Segundo ele, foi detectado R$ 1,5 bilhão em pagamentos de indenizações na Saúde com irregularidades entre 2011 e 2020. Quase um terço do valor foi identificado durante a pandemia.
• O deputado disse que o cenário nefasto gerado pela pandemia foi resultado de “muita corrupção e incompetência”.
• Fausto afirmou que a comissão estadual detectou 17 tipos de crimes, entre os quais peculato, fraude em licitação e organização criminosa.

Relatório da CPI estadual

• Fausto Junior foi questionado durante todo o depoimento sobre o motivo pelo qual não pediu o indiciamento do governador Wilson Lima, na condição de relator da CPI na Assembleia Legislativa do Amazonas.
• O deputado alegou que não poderia, já que as práticas de pagamentos indenizatórios investigados ocorriam desde 2011.

Tentativa de responsabilizar outros governadores

• Segundo Fausto Junior, todos os ex-governadores do Amazonas também tiveram responsabilidade na crise no sistema de saúde do estado, inclusive presidente da CPI, Omar Aziz, que ocupou o cargo entre 2010 e 2014.
• O deputado estadual, que pretende concorrer a um cargo na Câmara dos Deputados, afirmou que Aziz deveria ter sido indiciado, por verbas indenizatórias no valor de R$ 50 milhões.
• Eduardo Braga, membro da CPI e também ex-governador do Amazonas, tentou defender o deputado das críticas de Aziz, o que irritou o presidente da CPI.