Desde a noite da última sexta-feira (25), quando, na CPI da Covid, Luis Miranda (DEM) revelou que Jair Bolsonaro citou o nome de Ricardo Barros (PP) ao ser informado de um possível esquema de corrupção envolvendo a Covaxin, o presidente da República ainda não desmentiu o deputado.

Como registramos há pouco, o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD), acredita que Miranda tenha a gravação da conversa.

Barros continua negando qualquer irregularidade.

Ciro Nogueira, presidente do PP, saiu em defesa de Barros atacando Miranda no Twitter.

No último sábado, em entrevista exclusiva a O Antagonista, Miranda foi questionado por Diego Amorim se ele não teme ser confrontado com a palavra do presidente Jair Bolsonaro sobre os indícios de irregularidades no contrato para compra da Covaxin. Eis a resposta:

“Aí ele [Bolsonaro] vai ter a surpresa mágica. Se ele fizer isso, terei que fazer algo que um parlamentar nunca deveria fazer com um presidente. Ele ficará muito constrangido, muito. Eu tenho como comprovar, mas na hora certa.”

E completou:

“Tenho como comprovar que ele escutou tudo o que eu falei para ele [na reunião do dia 20 de março]. É melhor eu não fazer. Seria uma loucura fazer antes de 2022 porque o Brasil inteiro descobriria que ele mentiu. Ele não mentiu ainda. Tentou corrigir e admitiu que se reuniu com a gente, que ele mandou corrigir.”

Perguntado se ele havia gravado a conversa com o presidente, Luis Miranda respondeu que havia três pessoas na sala (o irmão Luis Ricardo estava junto) e que era melhor mudar de assunto.

Assista novamente aqui.