Senadores voltam a criticar pressa na aprovação da privatização da Eletrobras
A Medida Provisória que abre caminho para a privatização da Eletrobras pode não ser aprovada hoje no Senado. Muitos senadores estão criticando as mudanças apresentadas ontem pelo relator do texto, Marcos Rogério (DEM-RO), e os complementos trazidos hoje pelo parlamentar. E a oposição ao projeto vai muito além da esquerda...
A Medida Provisória que abre caminho para a privatização da Eletrobras pode não ser aprovada hoje no Senado. Muitos senadores estão criticando as mudanças apresentadas ontem pelo relator do texto, Marcos Rogério (DEM-RO), e os complementos trazidos hoje pelo parlamentar. E a oposição ao projeto vai muito além da esquerda.
“Não podemos voltar ao texto original porque a Câmara ardilosamente vai restabelecer essa criação de mudanças que nos mandou para cá”, afirmou Lasier Martins (Podemos-RS). Complementou dizendo que o “bom senso recomenda a retirada” do texto da pauta.
Simone Tebet (MDB-MS), disse que nenhum senador é “bobo” ou tem dúvida de que “a Câmara dos Deputados não acatará os ajustes feitos pelo Senado”. “Nós aqui estamos diante de uma medida provisória que será aprovada praticamente na íntegra do que veio da Câmara quando voltar para a Câmara dos Deputados.”
Izalci Lucas (PSDB-DF) já afirmou que o PSDB não apoiará a aprovação do projeto nos termos apresentados em plenário. “Votarei contra essa matéria. E adianto que o PSDB votará contra o texto que aí está.”
Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disse que o Senado está discutindo “um texto etéreo, que está na cabeça e em algumas palavras soltas do relator”. “Meus colegas analisam aqui um texto que formalmente não existe. “
Já Alvaro Dias (Podemos-PR) afirmou que votará contra a proposta porque o governo Jair Bolsonaro sacrificou consumidores porque não discutiu com a sociedade o modelo de capitalização.
Zenaide Maia (Pros-RN) seguiu a mesma linha ao dizer que “que não é hora de vender uma empresa dessas por uma MP, sem uma discussão maior”.
Fabiano Contarato (Rede-ES) questionou “a urgência em privatizar uma empresa criada em 1962”. “Isso chega a ser cruel, desumano […] É de um oportunismo desmedido.”
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