Agamenon: Detritão Federal
Segundo os otimistas, o Brasil vai de horrível a pior. Para os pessimistas, o país "deu ruim", a vaca (da Friboi) já foi pro brejo há muito tempo. Foi para o brejo, atolou e ficou só no osso. E o que é pior: ninguém quer largar o osso..
Segundo os otimistas, o Brasil vai de horrível a pior. Para os pessimistas, o país “deu ruim”, a vaca (da Friboi) já foi pro brejo há muito tempo. Foi para o brejo, atolou e ficou só no osso. E o que é pior: ninguém quer largar o osso.
O Congre$$o Nacional está querendo aprovar a criação do “Detritão”, um sistema eleitoral novo para manter tudo de velho na “polí-titica” brasileira. Os nossos “para lamentares”, mais uma vez, voltaram as costas para a opinião pública, exibindo, sem pudor, seus traseiros gordos e flácidos para reafirmarem que estão c*!*$#*!!agando para a população e que vão continuar fazendo m*!#*!!*erda, doa a quem doar.
Para culminar a sequência de c*!#*!*agadas, está rolando um projeto de criação de um Fundo Suprapartidário Público de 3,6 bilhões de reais para financiar a campanha dos candidatos em 2018. Funciona mais ou menos assim: em vez da Odebrecht e da dupla de empresários sertanejos Wesley e Joesley pagarem as campanhas dos candidatos, quem vai ter que dar grana pros nossos políticos corruptos não roubarem mais é o contribuinte brasileiro. Essa bolada seria usada, entre outras coisas, para comprar o Otário Eleitoral Gratuito na televisão. O otário, no caso, é o eleitor.
Mas, se as coisas andam de péssimo a pior aqui em Brazucalândia, na Venezuela a coisa está cada vez mais preta, quer dizer, afrodescendente. O “presidente” Nicolás Caiu de Maduro quer enfiar pela goela abaixo dos venezuelanos uma Constituinte que vai instaurar no país um novo sistema político: a ditadura democrática, que já foi um fracasso e deu certo em Cuba e na Coreia do Norte.
Mas, se existe algum consolo (de mais ou menos 20 cm) para o cidadão, é que tá ruim pra todo mundo. Apavorado com a violência no Rio de Janeiro, o governador Pezão Frio quer alugar um jatinho de dois milhões e meio e, assim, poder se deslocar em segurança pela cidade. Pezão não passa pela Linha Vermelha com medo de arrastão, e vai proibir a comemoração do Cosme e Damião com medo das balas perdidas. Na Rio Fashion Week deste ano, as peruas vão conferir as coleções dos coletes à prova de balas que os fashionistas vão apresentar.
Apesar da violência e da recessão, pelo menos uma atividade econômica só faz crescer no Rio de Janeiro: o roubo de cargas. É só um caminhão entrar na Cidade Maravilhosa que é imediatamente aliviado de sua carga. O cidadão desempregado, com a proteção do tráfico, se apropria das mercadorias e vai vender de calcinha a Viagra, tudo a preço de banana, nos trens da Central. Não conheço forma mais efetiva e rápida de distribuição de riqueza. Nem na saudosa União Soviética comunista! E não é só no Rio de Janeiro. São Paulo, sempre inovando, inventou o saque marítimo. Semana passada, 45 contêineres caíram de um navio, dando início a uma liquidação arrasadora. De bicicleta a televisão, tudo foi rapidamente “pescado” pela população consumista e negativada. No Brasil agora é assim: perdeu, caiu, não é mais de ninguém. O povo vai lá e saqueia. Por isso mesmo está um perigo cair com a bunda no chão.
Agamenon Mendes Pedreira é jornalista de segunda. Mas, às vezes, de terça e até mesmo de quarta-feira.
A bandidagem está reclamando da falta de fuzis no mercado. Uma comissão de representantes das facções pretende ir até Brasília exigir das autoridades um caminhão carregado de fuzis para ser saqueado.
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