Exército gasta mais de R$ 1 milhão com cloroquina após 2 anos sem produzir
Documento entregue pelo Ministério da Defesa à CPI da Covid no Senado mostra que o Exército gastou R$ 1,14 milhão com a produção de 3,2 milhões de comprimidos de cloroquina em 2020...
Documento entregue pelo Ministério da Defesa à CPI da Covid no Senado mostra que o Exército gastou R$ 1,14 milhão com a produção de 3,2 milhões de comprimidos de cloroquina em 2020.
O remédio, usado contra doenças como malária, lúpus e artrite reumatoide, tornou-se aposta do governo de Jair Bolsonaro para enfrentar a pandemia, mesmo sem nunca ter tido comprovada sua eficácia contra a Covid.
A última vez que a instituição militar solicitou a produção do medicamento foi em março de 2017, quando gastou R$ 43,4 mil para 259.470 comprimidos —quantidade, segundo o Exército, suficiente para a demanda de 2018 e 2019.
Testes realizados no ano passado a pedido da OMS, além de apontar a cloroquina como ineficaz no combate ao coronavírus, alertaram para o risco de efeitos colaterais adversos, como arritmia cardíaca.
Dois ministros da Saúde, os médicos Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, foram demitidos após se recusarem a recomendar o uso do medicamento contra Covid na rede pública de saúde do Brasil.
Na semana passada, O Antagonista mostrou que o Ministério da Saúde encomendou 3,2 milhões de comprimidos de cloroquina em 2020 —o que comprova que Eduardo Pazuello mentiu em seu depoimento à CPI.
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