Carta da White Martins com alerta sobre escassez de oxigênio será usada por CPI em reconvocação de Pazuello
Carta da White Martins enviada à CPI da Covid deve ajudar a definir as responsabilidades pela demora do governo federal em agir na crise do oxigênio no Amazonas. O documento, obtido por O Antagonista, mostra que a empresa vinha informando a Secretaria estadual de Saúde sobre a situação e, em 7 de janeiro, alertou para a urgência de "esforços adicionais"...
Carta da White Martins enviada à CPI da Covid deve ajudar a definir as responsabilidades pela demora do governo federal em agir na crise do oxigênio no Amazonas.
O documento, obtido por O Antagonista, mostra que a empresa vinha informando a Secretaria estadual de Saúde sobre a situação e, em 7 de janeiro, alertou para a urgência de “esforços adicionais”.
A White Martins explicou que estava priorizando sua produção e logística para atender ao aumento exponencial da demanda, diante da explosão de novos casos de Covid e o esgotamento do sistema de Saúde do Amazonas.
“Tais incansáveis esforços incluem a priorização da produção para a área medicinal, a otimização da logística e o direcionamento do produto de diversas regiões do país para o Norte, dentre outras medidas.”
A companhia, que vinha “fornecendo o produto em quantidades muito superiores às suas obrigações previstas em contrato”, sugeriu que a Secretaria de Saúde buscasse outros fornecedores e até sugeriu alguns.
“O imprevisto aumento da demanda ocorrido nos últimos dias agravou consideravelmente a situação de forma abrupta, superando em muito o volume contratado pela Secretaria junto à White Martins, fazendo com que sejam necessários novos esforços adicionais para que a totalidade das necessidades sejam supridas.
Assim sendo, considerando a essencialidade do produto em destaque, servimo-nos da presente para recomendar que a Secretaria identifique e faça a aquisição de volumes adicionais ao contrato diretamente de um outro fornecedor que seja capaz de aumentar a disponibilidade do produto nas áreas críticas.”
A Secretaria de Saúde, por sua vez, entrou em contato com Eduardo Pazuello na mesma noite. Uma nota técnica, assinada por Elcio Franco, confirma que o Ministério da Saúde “tomou ciência de problemas relacionados ao abastecimento de oxigênio”.
Numa entrevista a O Antagonista, em 14 de janeiro, o governador confirmou que a equipe do então ministro acompanhava a situação. Foi neste dia, apenas, que chegou o primeiro avião da FAB com carregamento de oxigênio.
Na CPI, Pazuello culpou a White Martins e a Secretaria de Saúde.
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