As táticas do governo na CPI da Covid: negar, desviar e provocar
A tropa de choque governista na CPI da Covid foi instruída por integrantes do Palácio do Planalto a focar a defesa do governo em três pilares: negar as declarações de Jair Bolsonaro, desviar o foco da investigação para envolver governadores e criar o máximo de tumulto...
A tropa de choque governista na CPI da Covid foi instruída por integrantes do Palácio do Planalto a focar a defesa do governo em três pilares: negar as declarações de Jair Bolsonaro, desviar o foco da investigação para envolver governadores e criar o máximo de tumulto durante as sessões.
A avaliação no Palácio do Planalto é que essa tática pode ajudar a minar a credibilidade da CPI junto à opinião pública. Durante a sessão de ontem, essa estratégia ficou clara no momento em que o ex-ministro Eduardo Pazuello minimizou declarações polêmicas de Jair Bolsonaro sobre o enfrentamento da pandemia.
Pazuello classificou como “jargão simplório colocado para discussão de internet” a decisão de Bolsonaro de cancelar a contratação de 46 milhões de doses da Coronavac, em outubro do ano passado.
Outro exemplo da tática veio do senador Marcos Rogério (DEM-RO), que exibiu vídeos de governadores se manifestando favoravelmente à prescrição da cloroquina.
Os tumultos, por sua vez, ficam a cargo dos senadores Luiz Carlos Heinze (PP-RS) e de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente da República.
Ontem, Flávio sugeriu, tanto na CPI quanto para seus eleitores, a convocação do pastor Silas Malafaia. “Se querem convocar pessoas que falam com o presidente, podem convocar o Silas Malafaia. Ele fala diariamente com o presidente, influencia o presidente.”
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