Morre Alessandro Oliveira, coordenador da Lava Jato no Paraná
Morreu hoje o procurador Alessandro Oliveira, coordenador da Lava Jato que substituiu Deltan Dallagnol. O falecimento acaba de ser confirmado pelo Ministério Público Federal, que divulgou uma nota de pesar...
Morreu hoje o procurador Alessandro Oliveira, coordenador da Lava Jato que substituiu Deltan Dallagnol. O falecimento acaba de ser confirmado pelo Ministério Público Federal, que divulgou uma nota de pesar.
Como O Antagonista registrou mais cedo, Oliveira estava internado em Curitiba desde o fim de semana passado e seu estado de saúde era considerado gravíssimo. Ele vinha tratando de um linfoma pulmonar.
O procurador assumiu a força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná em setembro do ano passado, depois que Dallagnol anunciou sua saída.
Com 45 anos, Alessandro José Fernandes de Oliveira era procurador da República desde 2004 e atuava no Paraná desde 2012. Foi cedido à PGR em 2018, chamado por Raquel Dodge para integrar o grupo da Lava Jato.
Na PGR, deixou como um dos principais legados o desenvolvimento de um sistema interno de monitoramento de acordos de delação premiada, cujo principal objetivo é verificar pagamentos das multas e reparações, bem como o cumprimento das penas pactuadas.
Antes do trabalho na PGR, ele se notabilizou no campo eleitoral, de investigação sobre compra de votos no interior do Paraná. Autor de livros sobre a aplicação do direito na atividade policial, tinha experiência no combate ao crime organizado, corrupção e lavagem de dinheiro.
Graduado em Segurança Pública pela Academia Policial Militar do Paraná e em Direito pela Universidade Federal do Paraná, possuía mestrado em Direito das Relações Sociais pela mesma universidade e, desde 1996, dava aulas de direito criminal e processual penal.
No MPF, integrava as câmaras criminal e anticorrupção, órgãos internos que uniformizam entendimentos dos procuradores nessas áreas.
Em nota, o Ministério Público disse que a morte de Alessandro “deixa um vazio como coordenador, mas muito mais como amigo, companheiro e exemplo de determinação, coragem e liderança”.
“Palavras são insuficientes para homenageá-lo. A maior dedicatória que podemos fazer à sua vida é seguir seu legado de destemor, convicção e dedicação ao órgão.”
No ano passado, três dias após assumir o comando da força-tarefa, Oliveira concedeu uma entrevista a Claudio Dantas, no programa Gabinete de Crise, ao lado de Dallagnol. (assista aqui)
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