Economista diz que tese de Rogério Marinho poderá nos levar “à repetição da era PT”
Como noticiamos há pouco, a CPI do Bolsolão no Senado "flopou", ou seja, não teve, pelo menos até aqui, o apoio necessário para ser protocolada. Os poderosos em Brasília fazem cara de paisagem e apostam que o escândalo envolvendo a farra das chamadas verbas extras, que este site noticia desde o início de 2020, caia no esquecimento...
Como noticiamos há pouco, a CPI do Bolsolão no Senado “flopou”, ou seja, não teve, pelo menos até aqui, o apoio necessário para ser protocolada.
Os poderosos em Brasília fazem cara de paisagem e apostam que o escândalo envolvendo a farra das chamadas verbas extras, que este site noticia desde o início de 2020, caia no esquecimento. Leia também “Bolsolão faz presidente perder discurso que o elegeu” e “Bolsolão: e daí?”.
O economista Roberto Ellery Júnior, em conversa com O Antagonista, criticou Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional, a pasta que é pivô do Bolsolão.
“Rogério Marinho insiste na tese da necessidade de retomar o investimento público para o país voltar a crescer. Mas retomar investimento público sem antes fazer uma profunda revisão nas leis de licitação e contratação do setor público e sem reduzir drasticamente o controle de políticos sobre as estatais, nos levará à repetição da era PT: corrupção e investimentos ruins.”
Ellery Júnior acrescentou:
“É fácil perceber os males da corrupção, mas os danos dos investimentos ruins (a chamada má alocação de capital) podem ser ainda maiores no médio e no longo prazo.”
A Crusoé da última sexta-feira rastreou o dinheiro do Bolsolão, usado por Jair Bolsonaro para comprar apoio no Congresso Nacional. A reportagem escancarou os métodos do bolsonarismo, detalhando os repasses a seus intermediários e agentes.
Ellery Júnior, que disse que o Bolsolão conseguiu a façanha de misturar “pedaladas, mensalão e petrolão”, afirmou também a este site:
“É triste e revoltante ver que um governo que começou com o diagnóstico correto — de que a má alocação de capital está na raiz da crise que ficou evidente em 2014 e 2015 e ainda nos afeta — esteja envolvido nesse esquema [do Bolsolão].”
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