Cigarras e formigas
Enquanto 'presidenciáveis' seguem se acotovelando na imprensa para ver quem encarna melhor a tal terceira via para 2022, caciques partidários trabalham na formação dos palanques estaduais, articulando alianças e definindo candidatos a governadores, deputados federais e senadores...
Enquanto ‘presidenciáveis’ seguem se acotovelando na imprensa para ver quem encarna melhor a tal terceira via para 2022, caciques partidários trabalham na formação dos palanques estaduais, articulando alianças e definindo candidatos a governadores, deputados federais e senadores.
Quem conhece um pouquinho da política brasileira sabe que nenhuma candidatura presidencial se viabilizará sem um amplo leque de alianças partidárias. Ou seja, qualquer terceira via só será construída de baixo para cima, e não o contrário. O fenômeno eleitoral que levou Jair Bolsonaro ao poder, desprezando essa dinâmica partidária, não vai se repetir tão cedo.
Esse trabalho de formiguinha não ganha holofotes, mas é o que definirá o cenário de 2022.
“Vejo diariamente essa guerra de vaidades entre os principais nomes que gostaria de representar uma terceira via, mas não oferecem nada de consistente. Eu acredito no trabalho, de baixo para cima”, avalia um cacique partidário com 30 anos de política.
Ele lembra que “as pesquisas mostram que 45% dos eleitores não querem Lula nem Bolsonaro”. “O problema é que, sem plano de governo, sem alianças partidárias, não haverá alternativa viável. Nós vamos apostar em partido. Quem quiser venha, quem não quiser paciência.”
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