Brasil paga R$ 10,3 mi em seguro para vacinas de Pfizer e Janssen após meses de críticas
Após criticar a Pfizer por meses em razão de exigências relacionadas a eventuais efeitos adversos da vacina, o governo de Jair Bolsonaro pagou por um seguro internacional para cobrir a responsabilidade em casos de eventos adversos do imunizante...
Após criticar a Pfizer por meses em razão de exigências relacionadas a eventuais efeitos adversos da vacina, o governo de Jair Bolsonaro pagou por um seguro internacional para cobrir a responsabilidade em casos de eventos adversos do imunizante, informa Vinicius Sassine na Folha.
O mesmo foi feito para a vacina da Janssen —que, assim como a da Pfizer, ainda não foi entregue ao governo brasileiro.
Os pagamentos somam R$ 10,3 milhões, dinheiro depositado para a empresa inglesa de seguros Newline Underwriting Management, e as ordens bancárias foram emitidas pelo Ministério da Saúde em 30 de março.
Segundo o jornal, no dia seguinte, o governo antecipou o pagamento por 20% das doses de vacinas da Pfizer, com um depósito de R$ 1,14 bilhão. A Janssen recebeu R$ 536,7 milhões antecipados em 25 de março.
A Saúde contratou em 18 de março 100 milhões de doses da Pfizer, e o primeiro lote das vacinas da empresa deve chegar ao Brasil nesta quinta (29). Outros 38 milhões de doses foram comprados da Janssen, sem previsão de entrega.
Bolsonaro usou várias vezes como desculpa para rejeitar a vacina da Pfizer a exigência de que o governo arcasse com a responsabilidade civil em caso de efeitos colaterais do imunizante, como “virar jacaré”.
A postura do presidente levou a sete meses de atraso para a contratação de vacinas do laboratório —a Pfizer fez a primeira proposta em agosto de 2020, com possibilidade de entrega a partir de dezembro. A CPI da Covid deve apurar o caso.
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