Ala do PSDB se anima com ‘Tasso 2022′, mas vê Doria como ’empecilho’
A ala mais tradicional do PSDB está animada com o surgimento do nome de Tasso Jereisatti como presidenciável, a um ano e meio das eleições de 2022. Para os tucanos com mais tempo de partido, a candidatura de Tasso seria "algo muito lógico". Uma fonte chegou a dizer que o cearense "já era para ter sido candidato desde 2002" -- naquele ano, quando Lula venceu e deu início à era PT, o partido lançou José Serra ao Planalto pela primeira vez...
A ala mais tradicional do PSDB está animada com o surgimento do nome de Tasso Jereisatti como presidenciável, a um ano e meio das eleições de 2022.
Para os tucanos com mais tempo de partido, a candidatura de Tasso seria “algo muito lógico”. Uma fonte chegou a dizer que o cearense “já era para ter sido candidato desde 2002” — naquele ano, quando Lula venceu e deu início à era PT, o partido lançou José Serra ao Planalto pela primeira vez.
Lideranças tucanas acreditam que, neste momento, é difícil cravar qualquer candidatura do chamado “polo democrático”, mas há a avaliação de que Tasso conseguiria, por exemplo, a façanha de puxar Ciro Gomes (PDT) para o centro. Nas eleições municipais do ano passado, o senador aliou-se à família Ferreira Gomes para eleger em Fortaleza o candidato pedetista, hoje prefeito da capital, Sarto.
“Eles [Tasso e Ciro] têm, digamos, uma certa afinidade. Não sabemos, claro, se Tasso toparia. Ele continua dizendo que não. Mas que ele poderia construir uma candidatura de centro muito forte, não tenha dúvidas”, disse um experiente congressista do PSDB.
No fim de março, Ciro assinou um manifestou “em defesa da democracia” apoiado por outros cinco presidenciáveis, como noticiamos. Mas, dois dias depois, o coordenador da campanha de Ciro, Miro Teixeira, disse a este site que a candidatura do PDT era “intocável”.
Em vingando o projeto “Tasso 2022”, essa ala do PSDB avalia que João Doria e Eduardo Leite, os atuais presidenciáveis do partido, poderiam buscar a reeleição em São Paulo e no Rio Grande do Sul, respectivamente.
Por ora, o surgimento do nome de Tasso não muda um milímetro da pretensão presidencial de Doria, que se vê fortalecido nacionalmente em razão da vacinação com a Coronavac. No entorno dele, há o entendimento de que Tasso não abraçará uma eventual candidatura. As prévias do partido estão marcadas para outubro próximo.
“Avalio que todas ou quase todas as correntes do PSDB embarcariam em uma candidatura do Tasso, incluindo Eduardo Leite, que ainda não empolgou [o Podemos negocia com o governador gaúcho]. O complicador seria mesmo o Doria”, disse a O Antagonista, em reservado, um parlamentar tucano com 25 anos de PSDB.
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