O desmonte da Lava Jato
O Estadão publicou uma longa reportagem sobre redução de pessoal, cortes de verbas, falta de incentivo, insegurança administrativa e brigas internas que levaram à extinção, na semana passada, do grupo de trabalho da Polícia Federal na Operação Lava Jato...
O Estadão publicou uma longa reportagem sobre redução de pessoal, cortes de verbas, falta de incentivo, insegurança administrativa e brigas internas que levaram à extinção, na semana passada, do grupo de trabalho da Polícia Federal na Operação Lava Jato.
“O desmonte da força-tarefa já resultou na redução do número de operações ostensivas, quando são cumpridas ordens de prisões, conduções coercitivas e buscas e apreensões, da maior ofensiva contra a corrupção no Brasil – iniciada março de 2014.
Nos primeiros seis meses do ano foram deflagradas quatro operações da Lava Jato, em Curitiba, predominantemente originadas de investigações do Ministério Público Federal. Em 2016, dez fases das investigações tinham sido deflagradas, em igual período.”
Por meio da Lei de Acesso à Informação, o jornal mostra quanto a PF gastou com a Lava Jato desde 2014, início da operação.
“Naquele ano, os recursos para a Superintendência do Paraná cresceram 44%, saltando de R$ 14 milhões em 2013 (equivalente a atuais R$ 17,9 milhões) para R$ 20,4 milhões (R$ 24,4 milhões em valores corrigidos). Em 2015, o órgão no Paraná manteve o mesmo nível de gastos. Nesse período, os federais fizeram no Paraná 59 operações, das quais 21 (35,5%) foram no conjunto da Lava Jato.”
Ao entrevistar diversos investigadores, chegou-se à conclusão que “o mais desagregador elemento do desmonte na equipe da Lava Jato foi a pressão sofrida por policiais e a sensação de fim do apoio dado pelo comando da corporação ao avanço das investigações, à partir de 2016”.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)