Líder da bancada evangélica alega que igrejas “ajudam mais o povo que o próprio Estado” na pandemia
O deputado Cezinha da Madureira (PSD), líder da bancada evangélica no Congresso e articulador das ações que resultaram na decisão de Kassio Nunes Marques de liberar cultos e missas presenciais em meio ao agravamento da pandemia, disse a O Antagonista, em conversa exclusiva, que não acredita em "reviravolta" do caso no STF...
O deputado Cezinha da Madureira (PSD), líder da bancada evangélica no Congresso e articulador das ações que resultaram na decisão de Kassio Nunes Marques de liberar cultos e missas presenciais em meio ao agravamento da pandemia, disse a O Antagonista, em conversa exclusiva, que não acredita em “reviravolta” do caso no STF.
O deputado, que pertence a uma das correntes da Assembleia de Deus, aposta, inclusive, que o assunto não será analisado pelo plenário do Supremo nesta semana.
“Não vejo uma reviravolta no caso. Não vejo tumulto, porque, uma vez levado para o plenário da corte, acredito que os ministros decidirão pela Constituição.”
Gilmar Mendes, como registramos, pode reverter a decisão do colega Kassio, segundo informou a Folha. O líder da bancada evangélica não crê nessa possibilidade.
“O ministro Gilmar é um homem muito sério, coerente, nós gostamos muito dele. Vejo nele um homem de coragem, assim como o Kassio Nunes, que atendeu ao nosso pedido. A discussão no plenário será boa.”
Madureira refutou as críticas às igrejas.
“Os templos já estão vazios, com 20%, no máximo, de suas ocupações. Não há nenhum problema nisso [em liberar cerimônias presenciais]. Não tem nenhum caso que nós achamos que a igreja é pior que o metrô, que o ônibus, que o trem. Se alguém desrespeitar os limites e as regras, o Estado tem que fiscalizar.”
O deputado também refutou a interpretação de que as igrejas estariam preocupadas com queda na arrecadação.
“Isso não tem nada a ver. A igreja é muito forte nas redes sociais. A arrecadação jamais cairia. Ao contrário, as igrejas deixam de gastar sem os cultos presenciais. O que não dá é para nós deixarmos passar em branco um prefeito ou um governador querer manchar este momento. É um momento difícil, mas a Igreja é o ponto principal, é o lugar para onde as pessoas vão quando não têm mais saída, quando estão lascadas na vida. As pessoas vão lá e encontram uma palavra de fé, de ânimo, uma cesta básica. E saem de lá atendidas. A igreja ajuda mais o povo do que o próprio Estado neste momento.”
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