Diogo Mainardi: Presidente Mourão
Diogo Mainardi, na Crusoé desta semana: "Jair Bolsonaro não é Getúlio Vargas. Ele não vai dar um tiro no peito. Nada impede, porém, que ele saia algemado do Palácio do Planalto. A imagem teria um efeito catártico: o sociopata responsável pelo colapso sanitário, moral e civilizatório preso num quartel. Estou sonhando alto...
Diogo Mainardi, na Crusoé desta semana:
“Jair Bolsonaro não é Getúlio Vargas. Ele não vai dar um tiro no peito. Nada impede, porém, que ele saia algemado do Palácio do Planalto. A imagem teria um efeito catártico: o sociopata responsável pelo colapso sanitário, moral e civilizatório preso num quartel. Estou sonhando alto.
Os generais palacianos plantaram na imprensa que Jair Bolsonaro demitiu o ministro da Defesa e os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica apenas porque queria que eles publicassem umas mensagens de apoio nas redes sociais. Segundo essa versão, que só pode ter sido cochichada pelo general do Centrão, Luiz Eduardo Ramos, o presidente da República pretendia que o general Edson Pujol se transformasse numa espécie de Allan dos Santos — só que alfabetizado e estrelado. Isso é mentira, claro. Jair Bolsonaro teme ser cassado pelos crimes que cometeu durante a epidemia. Para evitar que seus comparsas do Centrão e do STF, assustados com o número crescente de mortos, deem no pé antes de 2022, ele pensou em usar a caserna para intimidá-los, insinuando um golpe ou um autogolpe. Como os comandantes militares se recusaram a entrar nessa aventura aloprada, ele os demitiu. A minha suspeita é que, no desespero, Jair Bolsonaro possa tentar fomentar aquele tenentismo latente nos quartéis, incentivando motins para atropelar os chefes militares. Vai fracassar. Daí as algemas (…)”.
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