Qual é o recado de Arthur Lira a Jair Bolsonaro
O Antagonista ouviu dois líderes partidários, em reservado, sobre o pronunciamento de ontem de Arthur Lira. Ambos disseram que "ainda não" é possível vislumbrar um pedido de impeachment de Jair Bolsonaro sobre a mesa...
O Antagonista ouviu dois líderes partidários, em reservado, sobre o pronunciamento de ontem de Arthur Lira.
Ambos disseram que “ainda não” é possível vislumbrar um pedido de impeachment de Jair Bolsonaro sobre a mesa — deixar essa dúvida é parte da estratégia política.
“O Lira quis deixar claro que defenderá o governo, mas, se o governo não se defender, não será ele que o fará”, disse um dos líderes.
Outro afirmou assim, resumindo o comportamento do Centrão em relação ao governo Bolsonaro:
“No Nordeste, a gente diz que vai com o amigo até a beira da cova, mas não entra nela.”
O deputado Fausto Pinato, do mesmo PP de Lira, por sua vez, afirmou que “a guerra contra a ala ideológica do governo está declarada”. Ele aproveitou para pedir a cabeça de Ernesto Araújo.
“Ele não tem espaço mais diante do fracasso interno e na diplomacia. Entendo que Lira, Rodrigo Pacheco e o STF estão corretíssimos: tolerância zero com essa gente que não pensa no interesse do país.”
No dia em que o Brasil ultrapassou o patamar de 300 mil mortes pela doença, o presidente da Câmara ocupou a tribuna para dizer que “tudo tem limite” e que “os remédios políticos no Parlamento são conhecidos e são todos amargos, alguns, fatais”.
Mais cedo, Lira e Bolsonaro se reuniram, fora da agenda, no Palácio do Planalto, como registramos.
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