Gleisi pede vista e Boca Aberta ganha tempo em processo sobre invasão de hospital
Gleisi Hoffmann (PT-PR) pediu vista nesta quarta (17) sobre um parecer, dando mais tempo ao conterrâneo Boca Aberta (Pros-PR), ameaçado de ter o mandato suspenso por seis meses...
Gleisi Hoffmann (PT-PR) pediu vista nesta quarta (17) sobre um parecer, dando mais tempo ao conterrâneo Boca Aberta (Pros-PR), ameaçado de ter o mandato suspenso por seis meses.
Em março de 2019, Boca Aberta entrou no Hospital São Camilo, em Jataizinho (PR), e gravou um médico dormindo, de madrugada, na sala de descanso dos funcionários.
O PP apresentou duas representações contra Boca Aberta, uma delas alegando que o deputado “adotou procedimento incompatível ao decoro ao adentrar ambiente hospitalar sem autorização, expondo pessoas em rede social”.
Em dezembro de 2019, o Conselho de Ética aprovou, por 10 votos a 1, suspensão do mandato de Boca Aberta por seis meses. A punição foi decidida pelo relator da representação, Alexandre Leite (DEM-SP). Mas o deputado recorreu à CCJ.
Tanto a CCJ quanto o Conselho de Ética ficaram parados durante quase todo o ano de 2020.
Na CCJ, a relatoria do recurso de Boca Aberta coube a João Campos (Republicanos-GO). Hoje, Campos votou para que o processo volte ao Conselho de Ética, sendo ouvidas novas testemunhas.
Com o pedido de Gleisi, nem isso foi decidido hoje. A decisão ficou para semana que vem.
Alexandre Leite disse hoje na CCJ que Boca Aberta“cometeu mais crimes durante o curso do processo no Conselho de Ética do que na própria representação em si. Incorreu em litigância clara de má-fé no Supremo Tribunal Federal, falsificou prova, falsificou um acórdão do Tribunal de Justiça e juntou no processo do Conselho de Ética, citando só dois exemplos”.
Em janeiro deste ano, Boca Aberta chegou a ser preso por perturbação do sossego.
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