O recuo de Doria, esse homem de ciência
João Doria começou esta quarta-feira (17), um dia depois de o estado de São Paulo bater seu recorde de mortes por Covid em toda a pandemia, prometendo medidas restritivas adicionais diante de um quadro "gravíssimo" e "dramático"...
João Doria começou esta quarta-feira (17), um dia depois de o estado de São Paulo bater seu recorde de mortes por Covid em toda a pandemia, prometendo medidas restritivas adicionais diante de um quadro “gravíssimo” e “dramático”.
“Na coletiva anunciaremos quais serão as medidas adicionais que certamente terão de ser adotadas. Nós estamos diante de um quadro gravíssimo, dramático, não apenas em São Paulo, mas em todo o Brasil. São Paulo, com a orientação do Centro de Contingência de Covid-19, adotará novas medidas a partir desta decisão. Vamos aguardar o que o Centro de Contingência e os cientistas definirão”, afirmou o tucano pela manhã, em visita ao Instituto Butantan.
À tarde, aparentemente o quadro já não era tão grave e dramático assim: em vez das restrições adicionais que prometera horas antes, o governador não mudou nada na atual fase emergencial e anunciou um pacote de medidas econômicas. Também antecipou a vacinação de idosos de 72 a 74 anos.
Enquanto isso, o estado de São Paulo atingiu ontem 90% de ocupação nos leitos de UTI para Covid pela primeira vez desde o começo da pandemia —percentual que inclui tanto hospitais públicos como privados.
João Doria gosta de se vender como um governante que “segue a ciência”. Não é difícil quando do outro lado está um negacionista como Jair Bolsonaro. Ainda assim, o governador continua submetendo a ciência à política.
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