Até aqui, PSOL não vê chance de apoio a Lula e aposta em Boulos 2022
O PSOL reuniu seu diretório nacional no último fim de semana e, claro, a volta de Lula à cena política foi assunto das conversas. O Antagonista apurou que nenhum integrante da cúpula do partido -- fundado em 2004 como uma dissidência do PT -- defendeu o apoio a uma eventual candidatura do ex-presidente...
O PSOL reuniu seu diretório nacional no último fim de semana e, claro, a volta de Lula à cena política foi assunto das conversas.
O Antagonista apurou que nenhum integrante da cúpula do partido — fundado em 2004 como uma dissidência do PT — defendeu o apoio a uma eventual candidatura do ex-presidente.
“Todas as pessoas que abordaram o tema se manifestaram justamente no sentido de afirmar a importância de uma candidatura própria”, disse a este site a deputada federal Sâmia Bomfim, de São Paulo.
O pré-candidato do PSOL ao Planalto em 2022 — ainda não oficial, claro — é um pupilo de Lula: Guilherme Boulos, que disputou a Presidência em 2018 e, no ano passado, foi ao segundo turno com Bruno Covas (PSDB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
Sâmia afirmou que “Lula é um candidato forte” e “sem dúvida muda o jogo eleitoral de 2022”, mas fez ressalvas aos movimentos políticos do petista.
“O que ele vem demonstrando é uma busca por diálogo e composição com partidos mais à direita. O PSOL não planeja dar essa guinada para disputar as eleições. Eu defendo que tenhamos candidatura própria e apresentemos uma alternativa de esquerda para um país devastado pelo bolsonarismo.”
Na semana passada, o deputado Ivan Valente, também do PSOL de São Paulo, afirmou ser “erro grave de estratégia” lançar pré-candidaturas neste momento. Ele disse que Boulos é “certamente um nome nacional”, mas ponderou que seu partido só deveria tomar alguma decisão no início de 2022.
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