“Leito de UTI não pode se transformar em nova cloroquina”, diz Eduardo Leite
Em entrevista exclusiva para o Papo Antagonista, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), admitiu que o aumento do número de casos no estado é decorrente de uma série de fatores...
Em entrevista exclusiva para o Papo Antagonista, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), admitiu que o aumento do número de casos no estado é decorrente de uma série de fatores, que vão da proliferação das novas cepas do coronavírus ao relaxamento do isolamento social no final do ano passado, por conta das festas de final de ano.
Leite declarou que o estado aumentou em 130% o número de leitos de UTI, passando de 933 antes da pandemia para 2,2 mil. Porém, ele alertou que a ampliação da capacidade clínica no Rio Grande do Sul não pode ser vista como único fator capaz de se conter a pandemia.
“A gente viu aumento em fevereiro das taxas de letalidade. A gente não pode vender para a população e dizer ‘vamos abrir leitos de UTI e fiquem tranquilos, que tiver o coronavírus será salvo por um leito’. A gente não pode vender essa ilusão. Não pode ser a nova cloroquina. A nova venda de uma ilusão, o leito de UTI. Ele é importante para a gente buscar evitar a perda de vidas. Mas ele não garante que vai salvar todas as vidas”, disse Leite.
Ao longo de fevereiro, o estado registrava, em média, 50 mortes por Covid-19. Ontem, foram notificados quase 170 óbitos no Rio Grande do Sul por causa do novo coronavírus.
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