Plenário do STF ainda deverá julgar uso de mensagens roubadas
Apesar de ter anulado as condenações de Lula, como queria a defesa, a decisão Edson Fachin não impede que o STF ainda discuta o uso das mensagens roubadas da Lava Jato...
Apesar de ter anulado as condenações de Lula, como queria a defesa, a decisão Edson Fachin não impede que o STF ainda discuta o uso das mensagens roubadas da Lava Jato.
A questão, aliás, foi suscitada pelos advogados de Lula no mesmo habeas corpus em que o ministro declarou, ontem, a incompetência da 13ª Vara de Curitiba.
Por isso, ao julgarem o recurso da PGR contra a decisão de Fachin, os 11 ministros também devem discutir se e como os diálogos privados entre os procuradores poderão ser aproveitados.
No mês passado, ao garantirem à defesa de Lula o acesso às mensagens, os ministros da Segunda Turma — Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Kassio Marques e Cármen Lúcia — frisaram que ainda não estavam julgando a legalidade do material apreendido com hackers.
Mas, por que, afinal, ainda haveria interesse em usar as mensagens se as condenações de Lula já foram anuladas? A resposta é simples: agora elas podem ajudar outros réus e inimigos da Lava Jato.
Vários deles já pediram o acesso e querem usar o material para anular suas condenações, sob a mesma alegação de parcialidade de Sergio Moro.
E mais: também querem usar os diálogos para contra-atacar o ex-juiz e os procuradores, garantindo que nunca mais ocorra uma operação como a Lava Jato.
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