As manobras de Renan contra a Lava Jato
Renan Calheiros não surpreende.Alvo de doze processos no STF, o atual líder do PMDB no Senado "passou a consultar parlamentares do PSDB e do PT sobre uma lista de candidatos...
Renan Calheiros não surpreende.
Alvo de doze processos no STF, o atual líder do PMDB no Senado “passou a consultar parlamentares do PSDB e do PT sobre uma lista de candidatos anti-Lava Jato para a Presidência da República, caso Michel Temer deixe o posto”, segundo o Estadão.
Além da ideia de “escolher um nome suprapartidário” que “aceite os termos dos políticos que o elegerão”, Renan quer definir “as regras para o pleito indireto através de um projeto de resolução compactuado entre Câmara e Senado, que poderia limitar a participação de alguns membros na disputa”.
O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) e o ex-ministro Nelson Jobim, por exemplo, serão inviabilizados se parlamentares decidirem vetar candidatos vinculados à iniciativa privada (embora Jobim, como noticiamos, continue cotado para a pasta da Justiça).
A presidente do STF, Cármen Lúcia, também será vetada se for determinado que o candidato tenha vinculação partidária.
“A Constituição de 1988 trata dos requisitos para a elegibilidade do presidente, mas não fala especificamente na eleição indireta, o que, para técnicos do Congresso, abriria brechas para o estabelecimento de novas regras sobre o pleito através do Legislativo ou Judiciário”.
Onde há brechas, há Renan.
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