“Franca distorção sensacionalista” para desviar a atenção dos fatos, diz Lava Jato
Ainda na nota sobre o importante julgamento de hoje no STF, a Lava Jato diz que as mensagens roubadas quebraram o "sigilo profissional" de procuradores e juízes...
Ainda na nota sobre o importante julgamento de hoje no STF, a Lava Jato diz que as mensagens roubadas quebraram o “sigilo profissional” de procuradores e juízes.
“Ninguém cogitaria dar direito à defesa para entrar no computador de juízes e procuradores para analisar minutas prévias de suas sentenças ou anotações pessoais sobre o caso. No Direito anglo-saxão essa doutrina é conhecida como work product privilege.”
Os procuradores dizem, ainda, que, nos materiais apresentados ao Supremo, havia fotos de família, inclusive de crianças e adolescentes, “o que acarreta não apenas uma violação de seus direitos de personalidade, mas também um risco à integridade física e moral cuja promoção pelo próprio Estado é inadmissível”.
Os procuradores acrescentam que “há, hoje, uma franca distorção sensacionalista com efeito diversionista do conteúdo de supostas mensagens”.
O motivo é cristalino:
“Com o fim de desviar a atenção do que realmente é fato – os crimes investigados e punidos – para hipóteses, conjecturas e suposições que só fizeram fortalecer a reação de alguns políticos contra o combate à corrupção.”
Hoje, a partir das 14h, a Segunda Turma do STF julgará a decisão de Ricardo Lewandowski que deu a Lula acesso às mensagens roubadas por hackers dos procuradores.
A intenção da defesa é usar o material para tentar provar suposta quebra de imparcialidade de Sergio Moro e anular as condenações do ex-presidente na Lava Jato. A suspeição do ex-juiz deve ser julgada ainda neste semestre também pela Segunda Turma.
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