Marina defende cassação da chapa Dilma-Temer
Marina Silva deu uma entrevista ao Broadcast Político, do Estadão. Defendeu as reformas trabalhista e da Previdência, embora faça ressalvas; disse que PT, PMDB e PSDB estão unidos para "arrefecer" a Lava Jato; e defendeu a cassação da chapa Dilma-Temer.Vejam este trecho...
Marina Silva deu uma entrevista ao Broadcast Político, do Estadão. Defendeu as reformas trabalhista e da Previdência, embora faça ressalvas; disse que PT, PMDB e PSDB estão unidos para “arrefecer” a Lava Jato; e defendeu a cassação da chapa Dilma-Temer.
Vejam este trecho:
Como avalia a tese de separação das contas da chapa Dilma-Temer?
Essa tese já morreu com a última decisão que foi tomada no Estado do Amazonas, em que foi cassado o governador e o vice e vai ter uma nova eleição. Não consigo imaginar que se possa ter dois pesos e duas medidas. Seria uma tese inventada só para o caso da Dilma e do Temer.
Muitos analistas acreditam que o TSE não cassará Temer, para não gerar instabilidade política no País.
O relatório do ministro Herman (Benjamin, relator do processo no TSE) é muito consistente e, quando for avaliado, não consigo imaginar como não cassar a chapa Dilma-Temer, com todas as denúncias e as comprovações de que teve sim dinheiro de caixa 2. Não consigo imaginar que se estabilize o País passando por cima da Constituição. A pior instabilidade política é criar dois pesos e duas medidas, é se criar o precedente de que existem pessoas importantes demais, poderosas demais, ricas demais, populares demais, para serem punidos.
Em caso de cassação, a senhora será candidata nas novas eleições?
Marina: É um processo que está em julgamento. Qualquer tentativa de se colocar como candidato antes da decisão da Justiça é uma falta de respeito com processo institucional. Esse é o momento de tentar buscar saídas, de tentar discutir as propostas, de ver como faz para o Brasil possa avançar numa agenda de transição, até porque o governo que ai está tem a legalidade, porque o impeachment não é golpe, mas não tem credibilidade nem legitimidade para fazer a transição.
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