Situação de Manaus assusta Congresso, que pode voltar ao trabalho em janeiro
A desesperadora situação no Amazonas -- impossível não adjetivar -- está assustando também o Congresso Nacional. Ainda é muito cedo para saber se o susto vai fazê-los entender de uma vez por todas que não há nada mais importante neste país do que enfrentar a pandemia com seriedade...
A desesperadora situação no Amazonas — impossível não adjetivar — está assustando também o Congresso Nacional.
Ainda é muito cedo para saber se o susto vai faz os nobres parlamentares entenderem de uma vez que não há nada mais importante neste país do que enfrentar a pandemia com seriedade.
Mas as cenas e as informações que chegam de Manaus estão sendo recebidas como um novo “choque de realidade” por parte dos parlamentares.
Hoje, mais do que ontem, é real a possibilidade de o Congresso retomar as atividades antes do fim do recesso, no início do fevereiro.
Ainda que, por enquanto, muitos estejam descansando ou mergulhados nas disputas pela sucessão de Rodrigo Maia, na Câmara, e Davi Alcolumbre, no Senado.
Um experiente senador disse a O Antagonista:
“Estou realmente achando que Manaus é apenas a primeira cidade a colapsar. As pessoas estão nervosas e chocadas, saindo da anestesia, como se estivessem acordando do coma de 2020. A vacinação ainda vai demorar mais de 30 dias para começar para valer. Dos panelaços às ruas: já vimos esse filme.”
Um outro parlamentar disse que, diante do caos no Amazonas, “tudo ficou pequeno, menor, insignificante”.
“É hora de o governo liberar a compra, pelas clínicas privadas, de todas as vacinas já aprovadas na Europa e nos Estados Unidos: metade do que entrar, se for o caso, o governo requisita para o SUS, pagando valor comercializado. Bolsonaro e João Doria precisam fazer uma trégua, levantar a bandeira branca, pelo menos por um tempo. Do contrário, morrerão abraçados.”
Já há mais de um requerimento circulando entre os parlamentares pedindo o retorno imediato dos trabalhos. O entendimento que ganha corpo é o de que o governo “precisará de ajuda” nos próximos dias e o Parlamento, por mais capenga que seja, poderá fazer algo para contribuir.
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