Felipe Moura Brasil é Antagonista
Escrevi no Twitter em 1º de janeiro de 2015:“Desejo a Diogo Mainardi e Mario Sabino sucesso (lê-se: impeachment) com O Antagonista. Aprendi muito com ambos. Gratidão é eterna.”O sucesso do site, que estreava naquele dia, veio depressa.O impeachment de Dilma Rousseff demorou mais um pouquinho, mas veio também, em 31 de agosto de 2016.Agora vim eu, Felipe Moura Brasil...
Escrevi no Twitter em 1º de janeiro de 2015:
“Desejo a Diogo Mainardi e Mario Sabino sucesso (lê-se: impeachment) com O Antagonista. Aprendi muito com ambos. Gratidão é eterna.”
O sucesso do site, que estreava naquele dia, veio depressa.
O impeachment de Dilma Rousseff demorou mais um pouquinho, mas veio também, em 31 de agosto de 2016.
Agora vim eu, Felipe Moura Brasil, em 2 de maio de 2017, após quase três anos e meio como colunista da revista Veja, em cujo site mantive um blog de antagonismo político e cultural diário, lançado em 2013.
Fico feliz de lá ter elogiado livros do Diogo e comentários do Mario muito antes da criação de O Antagonista, assim ninguém tem razões para desconfiar da honra que é hoje trabalhar com eles – e com o timaço que formaram.
Ambos acreditaram que meus acertos, conquistas e resultados, reunidos no texto de despedida “Eu escolhi sair da Veja”, fazem jus à nova parceria, tantas vezes reivindicada por nossos leitores em comum, que, a despeito de uma ou outra divergência pontual irrisória, detectavam as semelhanças mais profundas de independência, irreverência e sinceridade.
Sou grato ao Diogo por ter sido levado, por meio de seus artigos, aos “Ensaios” do autor francês Michel de Montaigne (1533-1592), visto durante anos pelos poderosos, como descreveu o escritor austríaco Stefan Zweig, “com aquela certa desconfiança que sempre sentem os homens de partido e os políticos profissionais em relação ao homem livre e independente”.
Em relação a nós, antagonistas, “desconfiança” é até eufemismo para o que sentem os membros da Orcrim, e seus aliados e porta-vozes na imprensa.
Segundo Montaigne, que viveu em plena época de guerra entre católicos e protestantes na França, “o sábio deve, no íntimo, afastar sua alma da multidão e mantê-la com liberdade e poder para julgar livremente sobre as coisas”.
Para Zweig, “poucos homens sobre a terra lutaram de modo tão persistente para manter seu eu mais íntimo, sua essência, livre do contágio e influência da escuma venenosa e turva da agitação do seu tempo, e poucos conseguiram salvar de seu tempo esse eu mais íntimo para oferecê-lo a todos os tempos”.
Inspirado pela liberdade interior de Montaigne, vim reforçar O Antagonista em sua luta diária, por meio da verdade, para privar da liberdade exterior o comandante máximo da Orcrim e seus cúmplices no assalto ao Brasil.
Se salvarmos do nosso tempo a verdadeira história do que nele aconteceu, poderemos oferecer a todos os tempos muito mais que o sucesso desejado.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)