A Sexta Turma do STJ manteve hoje a prisão do empresário Mário Peixoto, preso em maio na Operação Favorito, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro.

Peixoto é apontado como o líder de organização criminosa que desviou mais de R$ 500 milhões dos cofres públicos do estado, em diversas secretarias, pelo menos desde o governo Sérgio Cabral até a gestão de Wilson Witzel.

No julgamento de hoje, o Ministério Público Federal afirmou que o grupo criminoso de Peixoto, dono de várias empresas prestadoras de serviço, continua em atividade.

“Elementos concretos dos autos demonstram que estamos diante de uma organização criminosa que ainda não foi abatida e que está pronta para voltar a atuar. Eventual liberdade do investigado colocaria em risco a recuperação dos recursos desviados, bem como a instrução criminal com a possível ocultação e destruição de provas, conforme tentativas já demonstradas em interceptações telefônicas”, alertou na sessão o subprocurador Domingos Dresh da Silveira.

Ao votar pela manutenção da prisão, o ministro Rogério Schietti Cruz, relator do caso, afirmou que há provas de que o empresário tentou escamotear documentos e recursos, e ainda tentou burlar licitação para fornecer de forma fraudulenta álcool em gel para a Marinha.

Também votaram pela prisão os ministros Nefi Cordeiro, Sebastião Reis Júnior e Laurita Vaz. Antonio Saldanha declarou-se impedido e não participou do julgamento.