PSD pode peitar MDB e lançar Antonio Anastasia no Senado
O Antagonista apurou que o PSD de Gilberto Kassab, partido que cresceu ao longo dos dois primeiros anos desta legislatura e passou a ser a segunda maior bancada do Senado, com 12 senadores, pode decidir peitar o MDB, que ainda é o dono da maior bancada, com apenas um senador a mais, e brigar pelo comando da Casa...
O Antagonista apurou que o PSD de Gilberto Kassab, partido que cresceu ao longo dos dois primeiros anos desta legislatura e passou a ser a segunda maior bancada do Senado, com 12 senadores, pode decidir peitar o MDB, que ainda é o dono da maior bancada, com apenas um senador a mais, e brigar pelo comando da Casa.
A eleição interna será em fevereiro do ano que vem. O jogo foi completamente embaralhado depois que o STF confirmou a obviedade da não possibilidade de reeleição de Davi Alcolumbre (DEM).
Por enquanto, ninguém no PSD vai admitir publicamente a possibilidade de ter candidatura própria. O líder da bancada, Otto Alencar, da Bahia, disse a este site ontem que Alcolumbre “tem o direito de ser o coordenador da sua sucessão”. Alencar tem pedido “prudência” aos seus liderados.
Os nomes do próprio líder e de Nelsinho Trad, do Mato Grosso do Sul, que preside a Comissão de Relações Exteriores, são citados nos bastidores, mas o mais forte é, sem dúvida, o do ex-tucano Antonio Anastasia, atual primeiro-vice-presidente da Casa e responsável por conduzir boa parte dos trabalhos remotos durante a pandemia da Covid-19, sobretudo quando Alcolumbre foi diagnosticado com a doença.
Anastasia desembarcou hoje em Brasília e vai topar conversar com quem quiser tratar com ele da eleição interna, mas, pessoalmente, não vai se mexer, pelo menos por enquanto. Anastasia é tido como de perfil “moderado”, “discreto” e tem bom trânsito em todos os partidos. É também muito próximo de Simone Tebet (MDB) e Tasso Jereissati (PSDB), outros nomes cotados na disputa.
Meses atrás, Anastasia, assim como Jereissati, foi procurado por alguns senadores que gostariam de apostar na candidatura dele, mas o mineiro despistou, dizendo, na época, que não encararia aquela missão. O cenário agora é outro. Haveria chances, ainda, de Anastasia receber o apoio do grupo “Muda, Senado”, que vai começar a discutir a sucessão de Alcolumbre nesta semana.
O MDB, como noticiamos ontem, já avisou que não vai abrir mão de indicar um nome para o comando do Senado. O apoio de Alcolumbre, querendo ou não, poderá a ajudar a definir a eleição. E há que se levar em conta que o senador do Amapá é muito mais próximo de Anastasia do que dos caciques emedebistas que estão de olho em sua cadeira.
Entre servidores da Casa, Anastasia é encarado como um bom nome, “porque é dos mais protocolares”. “Quase uma garantia de que as sessões teriam hora para começar e que o presidente ao menos fingiria postura”, afirmou a este site, em reservado, um dos funcionários com anos no Senado.
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