O que Teori esconde?
As investigações do núcleo político da Lava Jato avançam nas sombras de Brasília...
As investigações do núcleo político da Lava Jato avançam nas sombras de Brasília. Enquanto em Curitiba o juiz Sergio Moro dá transparência total às provas obtidas no curso dos inquéritos, na capital federal o ministro Teori Zavascki prefere escondê-las. Ninguém conhece a integralidade das provas que alimentam os 25 inquéritos que correm no Supremo. Nem a defesa dos advogados, nem a imprensa, nem a sociedade.
Em despacho no processo, Teori determinou que as provas fossem anexadas “oportunamente”. Algumas foram, outras não. Ninguém sabe o que foi apreendido na Casa da Dinda, por exemplo. Tampouco são conhecidos os depoimentos de políticos graúdos alvos da investigação, como Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Gleisi Hoffmann, Humberto Costa.
Foi preciso que Sergio Moro questionasse Júlio Camargo, num depoimento em Curitiba, para que o Brasil descobrisse que ele já havia sido ouvido pela PGR várias vezes antes de resolver entregar o presidente da Câmara.
Teori pode alegar que precisa manter o sigilo das provas para não prejudicar o andamento da investigação. O Antagonista acha que a 13a. Vara Federal em Curitiba é hoje o melhor exemplo de Justiça para o resto do país e que informações sobre negociatas de políticos e empreiteiros, quando muito protegidas, valem ouro no mercado negro da política de Brasília.
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