Mourão diz que não existe racismo no Brasil
Questionado hoje se a morte de João Alberto Silveira Freitas mostra um problema de racismo no Brasil, Hamilton Mourão disse que não...
Questionado hoje se a morte de João Alberto Silveira Freitas mostra um problema de racismo no Brasil, Hamilton Mourão disse que não.
“Não, para mim no Brasil não existe racismo. Isso é uma coisa que querem importar para o Brasil, isso não existe aqui”, disse a jornalistas.
Ele atribuiu a morte de João Alberto a “uma questão da segurança” do Carrefour. “Lamentável isso aí. Em princípio, é segurança totalmente despreparada para o trabalho que tem que fazer né.”
Indagado novamente se não existe racismo no Brasil, respondeu:
“Não, digo para você com toda a tranquilidade. Não tem racismo aqui. Digo porque eu morei nos Estados Unidos. Racismo tem lá. Eu morei dois anos nos Estados Unidos e, na minha escola, o pessoal de cor andava separado, o que eu nunca tinha visto no Brasil”, afirmou.
“Fui morar lá adolescente e fiquei impressionado. Isso no final da década de 60. Mais ainda: o pessoal de cor sentava atrás no ônibus, não sentava na frente. Isso é racismo”, disse.
“Aqui o que você pode pegar e dizer é que existe desigualdade, fruto de uma série de problemas e grande parte das pessoas de nível mais pobre, que tem menos acesso a bens e necessidades da sociedade moderna, são gente de cor. Apesar de nós sermos sociedade totalmente misturada.”
Um jornalista perguntou ao vice-presidente se a violência policial não atinge de forma desproporcional os negros. Ele respondeu:
“Não. O que acontece: naturalmente, aquela pessoa que está em desvantagem social, ou que vive numa área que é mais difícil, de favela, onde está exposto a questão de crime organizado, tráfico, essa coisa toda, grande parte das pessoas que lá vivem, infelizmente são pessoas de cor. Isso é uma realidade.”
“Não é uma coisa estrutural, é uma pessoa pessoal. Eu coloquei aqui claramente. Eu vi o racismo estrutural e vi as pessoas que, por falta de educação ou qualquer outro motivo, tratam outras pessoas de forma totalmente não condizente com a vida em sociedade”, concluiu.
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