O juiz Marcelo Bretas aceitou denúncia e tornou réus por corrupção os delegados da Polícia Federal Wallace Fernando Noble Santos Soares e Lorenzo Martins Pompilio da Hora.

Na mesma ação penal, responderão pelo crime os empresários Marcelo Freitas Lopes, Durival de Farias, Dulcinara de Farias e Victor Duque Estrada Zeitune.

Segundo o Ministério Público Federal, os delegados recebiam propina para livrar os empresários de investigações ligadas a fraudes nos Correios e no Postalis, fundo de pensão dos funcionários.

A Operação Tergiversação descobriu que chegaram a receber mesada para direcionar inquéritos, criando versões para inocentar os empresários. Wallace Noble chegou a residir, sem pagar aluguel, num imóvel de propriedade da família do empresário Marcelo Freitas Lopes.

O MPF ainda conseguiu provar, com e-mails e conversas, tratativas do empresário com Lorenzo Pompílio para favorecê-lo numa investigação.

“Os agentes públicos envolvidos evitavam que as apurações em curso alcançassem os empresários que aceitassem efetuar o pagamento de valores vultuosos de propina para o grupo criminoso. Esses agentes ainda tinham a incumbência, em alguns casos, de atuar na Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro em favor dos empresários, intercedendo junto a Delegados que presidissem outras investigações que pudessem alcançá-los para novamente evitar que fossem revelados os crimes praticados pelos empresários parceiros”, disse na denúncia o MPF.

O órgão ainda investiga outros empresários e delegados para oferecer novas denúncias à Justiça.

Leia aqui a íntegra da denúncia.