Lava Jato denuncia donos da Avianca por corrupção na Transpetro
A Lava Jato no Paraná denunciou hoje os irmãos Germán Efromovich e José Efromovich, donos da Avianca, por corrupção e lavagem de dinheiro em contratos firmados com a Transpetro para construção de navios por estaleiros de propriedade dos dois. O prejuízo à estatal foi calculado em R$ 650 milhões...
A Lava Jato no Paraná denunciou hoje os irmãos Germán Efromovich e José Efromovich, donos da Avianca, por corrupção e lavagem de dinheiro em contratos firmados com a Transpetro para construção de navios por estaleiros de propriedade dos dois.
O prejuízo à estatal foi calculado em R$ 650 milhões. Eles entregaram apenas um dos 12 navios contratados, mesmo recebendo valores adiantados com devolução de uma parte para pagamento de propina a Sérgio Machado, que presidia a Transpetro.
“O esquema de corrupção nos contratos para construção de navios gerou prejuízos incalculáveis para a Transpetro e a indústria naval brasileira. Movido pelo recebimento de vantagens indevidas milionárias, Sérgio Machado praticou atos para favorecer o estaleiro Eisa quando já era evidente a sua inaptidão para a construção dos navios contratados”, afirmou a procuradora da República Luciana Bogo, que assina a acusação.
Segundo a denúncia, Germán pagou propina de US$ 17,3 milhões a Machado entre 2009 e 2013, por contratos para construção de 8 navios nos estaleiros Mauá e Eisa. Depois, pagou mais US$ 4 milhões, também no exterior, na contratação de mais 4 navios.
O Ministério Público Federal descreve na peça as manobras dos empresários em contas e investimentos no exterior para viabilizar o pagamento da propina, que incluiu um acordo de fachada com Machado para investimento em campos de petróleo no Equador.
De forma proposital, Germán rescindiu o acordo para pagar a propina a Machado na forma de uma multa. Machado, por sua vez, abriu contas na Suíça em nome de offhores para receber os valores.
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