Investigação atinge contratos de US$ 2,7 bi do grupo Seadrill com a Petrobras
Como registramos mais cedo, a Lava Jato cumpre 25 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP e em Sergipe. O objetivo é aprofundar as investigações relacionadas a possíveis atos de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo contratos firmados por empresas do Grupo Seadrill, num total de US$ 2,7 bilhões. Entre os contratos suspeitos, estão os celebrados em 2011 pela subsidiária Sapura com a Diretoria de Exploração e Produção da Petrobras, para o fornecimento de três navios lançadores de linha (PLSV), vigentes até os dias atuais...
Como registramos mais cedo, a Lava Jato cumpre 25 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP e em Sergipe. O objetivo é aprofundar as investigações relacionadas a possíveis atos de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo contratos firmados por empresas do Grupo Seadrill, num total de US$ 2,7 bilhões.
Entre os contratos suspeitos, estão os celebrados em 2011 pela subsidiária Sapura com a Diretoria de Exploração e Produção da Petrobras, para o fornecimento de três navios lançadores de linha (PLSV), vigentes até os dias atuais.
Segundo o MPF, a Sapura no Brasil “contratou intermediários e operadores financeiros que, mediante o pagamento de 1,5% do valor dos contratos a título de propina, eram responsáveis por viabilizar a inclusão da empresa em certame da Petrobras e obter informações privilegiadas de dentro da estatal”.
Identificou-se que, após receberem seus pagamentos em contas bancárias mantidas em nome de offshores, estes operadores financeiros transferiram parte dos valores a dois altos executivos da Sapura, um então vinculado à Sapura no Brasil e outro à Sapura Energy, sediada na Malásia.
“Além disso, a partir da análise de documentos apreendidos, foram identificadas suspeitas de que a atuação ilícita dos investigados tenha também abrangido outros contratos da Petrobras, também em favor dos interesses do Grupo Seadrill. Segundo apurado, os valores repassados aos operadores financeiros circularam por diversas contas mantidas em nome de offshores, tendo sido identificadas contas controladas pelos investigados em, pelo menos, seis países diferentes.”
O caráter transnacional dos fatos e desdobramentos fora da jurisdição brasileira fundamentaram investigações autônomas que geraram o pedido de buscas por autoridades holandesas também executado pelos mandados cumpridos na data de hoje.
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