CNMP julga procurador que contratou outdoor em homenagem à Lava Jato
O CNMP deve julgar amanhã se reabre um procedimento disciplinar contra o procurador Diogo Castor de Mattos por causa da compra de espaço em um outdoor em homenagem à força-tarefa da Lava Jato...
O CNMP deve julgar amanhã se reabre um procedimento disciplinar contra o procurador Diogo Castor de Mattos por causa da compra de espaço em um outdoor em homenagem à força-tarefa da Lava Jato.
Tanto a Corregedoria Nacional do MPF quanto a Corregedoria do CNMP já arquivaram pedidos de abertura de processo sobre o caso, por prescrição. Em ambos os casos, foi considerado que a contratação do outdoor seria “falta funcional leve”.
Mas o corregedor atual, Rinaldo Lima, proferiu despacho dizendo que a contratação do outdoor pode ser entendida como improbidade administrativa e até crime. Se isso for confirmado, a falta funcional seria mais grave e o prazo prescricional, maior. E a punição pode ser até de demissão.
O pedido para retomar o caso foi feito por um empresário que diz ter tido seu nome envolvido na história de maneira fraudulenta.
Castor de Mattos, ex-integrante da força-tarefa da Lava Jato, já admitiu ter comprado o espaço no outdoor com dinheiro próprio, mas disse não saber detalhes do negócio. Pouco depois da divulgação do caso, o procurador se desligou da operação.
O julgamento no CNMP pode ser mais um capítulo dos embates da Lava Jato com a cúpula do MPF em Brasília.
Semana passada, o conselheiro Marcelo Weitzel decidiu que os casos da Lava Jato que chegarem ao STJ devem ser distribuídos ao procurador natural, e não diretamente aos integrantes da força-tarefa.
No fim de agosto, o Conselho quase abriu processo contra Deltan Dallagnol por causa do PowerPoint que ele fez para mostrar Lula como chefe do petrolão. Mas depois de uma virada de votos, os membros do CNMP entenderam que o caso prescreveu – mas não faltaram críticas ao trabalho da força-tarefa.
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