O governador do Rio em exercício, Cláudio de Castro, mantinha uma relação bastante próxima com Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento de Wilson Witzel e considerado seu braço-direito no esquema de corrupção no Rio.

Em fevereiro, no episódio do vazamento de dossiês contra os deputados, Castro organizou a comitiva que viajou de última hora para Londres, afastando Tristão do epicentro da crise com a Alerj.

Quem enviou o Ofício SEI nº 9, de 12 de fevereiro de 2020, com o convite do então vice-governador para Tristão participar da comitiva foi o assessor especial Vinícius Sarciá Rocha, que é irmão de criação de Castro e filho de sua madrasta Wilma.

O governador em exercício também teria participado de nomeações cruzadas envolvendo familiares e aliados de Tristão em órgãos do estado, como a Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro (AgeRio), onde seu irmão, Vinícius Sarciá, é presidente interino do conselho de administração, de acordo com a carta de governança da agência.

Castro e seu irmão Vinícius fariam vista grossa para a atuação dos aliados de Tristão na AgeRio.