‘Bloco na rua amanhã’; operação contra Mário Peixoto vazou
No pedido enviado ao STJ para manter o afastamento de Wilson Witzel, a subprocuradora Lindôra Araujo afirmou que a organização criminosa comandada por ele, segundo o MPF, se infiltrou na Polícia Federal para obter conhecimento prévio das operações e investigações...
No pedido enviado ao STJ para manter o afastamento de Wilson Witzel, a subprocuradora Lindôra Araujo afirmou que a organização criminosa comandada por ele, segundo o MPF, se infiltrou na Polícia Federal para obter conhecimento prévio das operações e investigações.
Ela anexou uma conversa por WhatsApp na noite de 13 de maio deste ano entre Alessandro Duarte, apontado como operador do empresário Mário Peixoto, e Juan Paula Elias, apontado como sócio.
No dia seguinte, todos seriam alvos da Operação Favorito, que buscou provas de fraudes e desvios de dinheiro público em contratos públicos no estado.
Alessandro Duarte: Bloco na rua amanhã/Fica esperto
Juan Paula Elias: Pqp
Alessandro Duarte: Preto e dourado
Juan Paula Elias: Pqp
Preto e dourado, segundo Lindôra, é uma referência às cores do emblema da Polícia Federal.
Na mesma noite, Alessandro também avisou Ramon Neves, subsecretário de Agricultura no estado:
Alessandro Duarte: Cor preta e dourada
Ramon Campanha Neves: Não entendi
Alessandro Duarte: Caralhoooo/Tu é da onde/Operação amanhã
Ramon Campanha Neves: Aí caramba/Vai pegar quem ?
Para Lindôra, as mensagens são provas da influência da organização criminosa de Witzel sobre a Polícia Federal no Rio de Janeiro.
“Tudo a demonstrar que a permanência do investigado no cargo ofende a ordem pública e prejudica a instrução criminal”, afirmou no memorial enviado ao STJ.
A Corte Especial do STJ julgará amanhã se mantém ou derruba a decisão liminar do ministro Benedito Gonçalves que determinou o afastamento.
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