O grupo “Guardiões do Crivella”, investigado por impedir reportagens sobre a crise da saúde pública em frente a hospitais municipais do Rio, tinha acesso ao gabinete de Marcelo Crivella na prefeitura, segundo a Polícia Civil.

A investigação, iniciada após o esquema ser revelado em reportagem levada ao ar pela Globo ontem, agora tenta identificar quem estava acima do assessor especial Marcos Paulo de Oliveira Luciano, o ML, suspeito de chefiar as ações do grupo.

“O ML tinha interlocução dentro do gabinete do prefeito”, declarou o delegado William Pena Júnior, que comanda as investigações.

“Com o auxílio da análise do material apreendido e dos depoimentos, o próximo passo é identificar quem estava acima dele no grupo. Foi montada uma estrutura muito bem organizada e com dinheiro público”, acrescentou o delegado.

A Operação Freedom, deflagrada nesta terça (1º), apreendeu celulares, documentos e anotações com suspeitos de participar do esquema, e três assessores da prefeitura estão prestando depoimento à polícia hoje.

Como publicamos mais cedo, o MP-RJ confirmou que investigará Crivella por supostamente manter o serviço ilegal, e o PSOL prometeu formalizar um pedido de impeachment contra o prefeito na Câmara Municipal.