Ao negar que Mário Peixoto tenha influência sobre seu governo no Rio de Janeiro, Wilson Witzel disse que o secretário de Ciência e Tecnologia, Léo Rodrigues, investigado por suposto recebimento de propina do empresário, foi indicado por Flávio Bolsonaro.

“Não tenho relação com ele, nem conhecimento de que ele tenha influência na nomeação de secretários. Até porque o secretário Léo Rodrigues, de Ciência Tecnologia, foi indicado no início do governo pelo próprio Flávio Bolsonaro”, disse Witzel em entrevista à CNN.

“Foi um acordo que nós fizemos, a fim de que os partidos participassem do nosso governo, principalmente o PSL, que é partido que ainda está no governo. E nomeei dois secretários por indicação do senador Flávio Bolsonaro, o Léo Rodrigues, e o Gutemberg Fonseca”, afirmou.

Suplente de Flávio Bolsonaro, Léo Rodrigues foi alvo de buscas na semana passada. Segundo as investigações do Ministério Público Federal, Rodrigues recebia uma mesada de R$ 150 mil de propina de Mário Peixoto e José Carlos de Melo.

Logo após as declarações, Flávio Bolsonaro negou influência sobre a nomeação.

“Ex-governador Wilson Witzel, além de traidor e psicopata, é mentiroso! No dia seguinte a sua eleição pedi meu espaço em seu governo: NENHUM! Léo Rodrigues e Gutemberg Fonseca foram escolhas dele. Ambos me perguntaram se eu teria óbice. Disse que a decisão era deles, e não minha!”, postou no Twitter.

Em abril, O Antagonista revelou que o governo do Rio gastou R$ 10 milhões num aplicativo para fornecer à população informações sobre o coronavírus. O projeto saiu da Faperj, cujo presidente, Jerson Lima, é também da cota de Léo Rodrigues e Flávio Bolsonaro.