PGR: PROPINA PARA WITZEL ERA PAGA A ESCRITÓRIO DA PRIMEIRA-DAMA
A Operação Tris in Idem, que afastou Wilson Witzel do governo do Rio, é um desdobramento da Operação Placebo, que investiga esquema de corrupção em contratos públicos na área da Saúde. As ações de hoje foram autorizadas pelo ministro Benedito Gonçalves...
A Operação Tris in Idem, que afastou Wilson Witzel do governo do Rio, é um desdobramento da Operação Placebo, que investiga esquema de corrupção em contratos públicos na área da Saúde. As ações de hoje foram autorizadas pelo ministro Benedito Gonçalves.
Segundo a PGR, a partir da eleição de Wilson Witzel, estruturou-se no âmbito do governo estadual uma “organização criminosa, dividida em três grupos, que disputavam o poder mediante o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos”.
Ao todo, estão sendo cumpridos 17 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 11 temporárias, e 72 de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais e no Distrito Federal.
Também está sendo alvo de busca e apreensão um endereço no Uruguai, local onde estaria um dos investigados cuja prisão preventiva foi decretada.
Além dessas medidas, em outro inquérito, Gonçalves autorizou o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão no estado do Piauí, objetivando coletar provas sobre suposto esquema de nomeação de funcionários fantasmas no governo fluminense para desvio de dinheiro público.
Na denúncia apresentada pela PGR, consta que o esquema funcionava com o direcionamento de licitações de organizações sociais, em troca do pagamento de propina. Um dos contratos investigados foi firmado com o Iabas, para a gestão de hospitais de campanha para atendimento a pacientes de Covid-19.
“As investigações apontam que a OS possui relação com um dos grupos que controla a saúde do Rio, contribuindo com uma ‘caixinha da propina’.”
Também é objeto da denúncia da PGR, pagamentos de empresas de Mário Peixoto e de Gothardo Lopes Netto ao escritório da primeira-dama, Helena Witzel.
“A contratação do escritório de advocacia consistiu em artifício para permitir a transferência indireta de valores de Mário Peixoto e Gothardo Lopes Netto para Wilson Witzel”, diz a PGR.
Foram denunciados, neste primeiro momento, o governador Wilson Witzel, sua esposa, a primeira-dama Helena Witzel, Lucas Tristão, Mário Peixoto, Alessandro Duarte, Cassiano Luiz, Juan Elias Neves de Paula, João Marcos Borges Mattos e Gothardo Lopes Netto.
O afastamento de Wilson Witzel tem validade inicial de 180 dias.
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