Iabas usou médicos de postos de saúde em hospital de campanha
O presidente do Iabas, Claudio Alves França, admitiu hoje em CPI da Alesp que o Iabas deslocou médicos de unidades básicas de saúde, contratados separadamente pela prefeitura de São Paulo, para trabalhar no hospital de campanha do Anhembi...
O presidente do Iabas, Claudio Alves França, admitiu hoje em CPI da Alesp que o Iabas deslocou médicos de unidades básicas de saúde, contratados separadamente pela prefeitura de São Paulo, para trabalhar no hospital de campanha do Anhembi, bancado pela prefeitura e pelo governo estadual.
“Alguns profissionais estavam sendo afastados, e [com] a necessidade de uma equipe integral e 100% voltada para a assistência da população, nós tivemos que remanejar alguns funcionários pra fazer uma cobertura de uma ausência, de um afastamento, uma vez que a gente não poderia deixar os nossos pacientes desassistidos”, disse França, respondendo a pergunta da deputada estadual Janaina Paschoal (PSL).
“Todos os profissionais que foram deslocados tinham capacidade técnica o suficiente para atender a todos os requisitos do protocolo e dar assistência ao paciente”, acrescentou o presidente do Iabas.
A deputada estadual Analice Fernandes (PSDB) afirmou que, com isso, o Iabas “não cumpriu com o requisito primordial que é a execução da atenção básica, porque lá na ponta vai faltar” o profissional que foi ao hospital de campanha.
França garantiu não ter havido “desassistência no processo de atenção básica”, por ter havido uma ociosidade da equipe das UBS com a redução da demanda ambulatorial. Também destacou que não haveria tempo hábil para o recrutamento de novos profissionais.
França também afirmou: “Os profissionais não foram remunerados duplamente, exceto em casos fora do horário de trabalho, fazer hora extra”.
Analice retrucou que o Iabas foi selecionado no concurso de projetos por ter capacidade para fazer o atendimento do hospital de campanha. França não soube responder quantos profissionais foram deslocados, mas se comprometeu a informar os números depois, e, se for o caso, devolver dinheiro aos cofres públicos.
Claudio Alves França foi um dos alvos da Operação Placebo, no fim de maio.
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