O voto dos senadores de olho nos servidores e a revanche contra Paulo Guedes
Publicamente, há um esperado clima de solidariedade no Senado para com os colegas que votaram pela derrubada do veto de Jair Bolsonaro que impede aumento de salários de servidores até dezembro de 2021 e foram acusados por Paulo Guedes de "cometerem um crime"...
Publicamente, há um esperado clima de solidariedade no Senado para com os colegas que votaram pela derrubada do veto de Jair Bolsonaro que impede aumento de salários de servidores até dezembro de 2021 e foram acusados por Paulo Guedes de “cometerem um crime”.
Como mostramos mais cedo, em uma reunião virtual fechada, ainda no dia de ontem, senadores fizeram “praticamente uma sessão de terapia” — como um dos participantes definiu a O Antagonista — e decidiram cobrar retratação do ministro da Economia.
Até os senadores que votaram com o governo fizeram discursos compreensíveis aos pares que se posicionaram de maneira diferente.
Ocorre que nem todos entendem que essa reação de “encontrar justificativas e atribuir culpas” ao voto pela derrubada do veto seja a mais justa.
Um parlamentar, pedindo reserva “para não criar indisposição com os colegas”, disse o seguinte:
“Calma lá, eles precisam assumir o erro. A população está acompanhando as votações e viu que houve populismo nesse caso. Os senadores que votaram pela derrubada do veto erraram e não esperavam tanta reação contrária. Não acredito que o caminho seja esse revanchismo todo.”
Para parte do grupo que votou para manter o veto, os demais senadores — que formaram maioria — se preocuparam em “ficar bem na fita” com as categorias alcançadas pelo veto e, assim, “levantaram a bola para Rodrigo Maia e companhia cortarem”.
O veto acabou sendo mantido em votação na Câmara.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)