Aras agora fala em ‘evitar embates desnecessários’
Augusto Aras iniciou hoje a sessão do Conselho Superior do Ministério Público Federal adotando tom de conciliação, após o bate-boca na semana passada em que foi cobrado por subprocuradores pelos recentes ataques à Lava Jato. O procurador-geral afirmou que agora quer evitar "embates desnecessários" e que sempre tratou os colegas da PGR com respeito...
Augusto Aras iniciou hoje a sessão do Conselho Superior do Ministério Público Federal adotando tom de conciliação, após o bate-boca na semana passada em que foi cobrado por subprocuradores pelos recentes ataques à Lava Jato.
O procurador-geral afirmou que agora quer evitar “embates desnecessários” e que sempre tratou os colegas da PGR com respeito.
Disse que a discussão da semana passada poderia ter sido evitada se tivesse sido feita numa reunião administrativa do CSMPF, que é fechada e não transmitida pela internet.
“Tudo isso teria sido mitigado até se nós tivéssemos tido o costume de fazer reuniões administrativas. Espero que dessa forma doravante nós venhamos a fazê-lo, evitando embates desnecessários entre nós todos. Afinal de contas, todos sempre tiveram de mim o tratamento mais respeitoso possível, eu não posso dizer também que não tenha tido o tratamento mais respeitoso de todos, embora tenha algumas reservas no que toca a alguns assuntos”, disse.
Aras depois negou que ataques à Lava Jato tenham partido dele, mas não disse quem está tentando minar a operação.
“Nós estamos todos no mesmo barco. Se esse avião afundar ou cair, todos nós caímos juntos. Os ataques à instituição já são muito fortes e não vêm da minha manifestação. Vêm das PECs que já estão postas e não foram postas por mim, nem eu pretendo reavivá-las”, afirmou.
Ele não informou quais propostas de emenda à Constituição podem afundar o MPF.
Na reunião da semana passada, quatro subprocuradores do conselho apresentaram uma carta aberta a Aras, criticando declarações que “alimentam suspeitas e dúvidas na atuação do MPF”.
“Um Ministério Público desacreditado, instável e enfraquecido somente atende aos interesses daqueles que se posicionam à margem da lei”, diz a carta, assinada por Nicolao Dino, José Adonis Callou de Sá, Luíza Frischeisen e Níveo de Freitas Silva Filho.
Quando a carta começou a ser lida, Aras interrompeu Dino: “Não aceitarei manifestação política numa sessão de orçamento”. Depois encerrou a sessão.
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