Maia nega que saída do DEM e do MDB do Centrão tenha relação com eleição na Câmara
Rodrigo Maia afirmou há pouco que a saída do MDB e do DEM do bloco liderado por Arthur Lira não tem relação com divergências entre os partidos do Centrão ou mesmo com a eleição para a presidência da Câmara...
Rodrigo Maia afirmou há pouco que a saída do MDB e do DEM do bloco liderado por Arthur Lira não tem relação com divergências entre os partidos do Centrão ou mesmo com a eleição para a presidência da Câmara.
“A respeito das afirmações de que a saída do MDB e do DEM do Bloco Partidário liderado pelo Deputado Arthur Lira, teriam relação com divergências internas entre as siglas ou, ainda, com as eleições para a Mesa Diretora do próximo biênio, julgo importante esclarecer que a formação e desfazimento dos blocos no início de cada sessão legislativa é prática reiterada na Câmara dos Deputados.”
Em nota, Maia disse que o “desfazimento do bloco é natural” e que ele foi criado para a composição da Comissão Mista de Orçamento (CMO).
“Como, em razão da pandemia, as Comissões ainda não se reuniram, a existência do bloco acabou se prolongando. Seu desfazimento é natural, segue um padrão estabelecido pela prática congressual e nada tem a ver com a eleição para a Mesa Diretora em 2021, para a qual tradicionalmente são formados novos blocos.”
Ontem, logo após ser noticiada a saída do MDB e do DEM do bloco de Arthur Lira, Maia negou a O Antagonista que o fato representasse um racha no Centrão.
Como mostramos, apesar dos discursos alinhados, há dois motivos que fizeram com que DEM e MDB decidissem romper com o grupo de Lira neste momento.
O primeiro foi a votação da PEC do Fundeb. Como líder do bloco, Lira tentou retirar o assunto de pauta, para vender ao Palácio do Planalto — de quem se aproximou nos últimos meses — a ideia de que havia conseguido esse feito. A postura de Lira irritou deputados do DEM e do MDB, que não concordavam em adiar a votação.
O segundo motivo é uma medição de forças na Câmara, com vistas à sucessão de Maia. Arthur Lira é candidatíssimo e a saída do DEM e do MDB do bloco faz com que, a despeito das argumentações públicas, o líder do PP fique mais isolado.
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